segunda-feira, 30 de julho de 2012

O destino, você e eu.

O destino é amargo,
A dor é certa.
O morte é concreta,
Como um muro a separar,
A paixão do amor.

Então me abrace,
Me enlace ao seu destino.
Juntos formamos o mapa,
Rumo ao tesouro final. 
Afinal, nos amamos.

A morte é certa.
A dor, provável.
O amor é um dom.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A ultima parede da Bernardo Sayão.

Artur passou a noite na bebedeira,
Apenas a observar os ratos correndo atrás das ratoeiras. Suicídio ocupacional.

Artur ficou de olho no movimento transcendental,
quase mongol ou mesmo mobral, do queijo a esfregar no chão. 



Artur bebia Jack Daniel's e fumava Luck Strike, desses da bolinha.
Ele gostava de fumar a metade normal e o resto mentolada. 
Artur bebida, fumava e olhava de lado os jovens rapazes,
Dançando, dançando e dançando. 
Ele não sabia dançar... 


Com um súbito de stress alcoólico, Artur se retirou do recinto.
Tomou duas doses de absinto e adentrou no seu carro. 
Ligou o som e o colocou no máximo. 
A música era "Nude" da banda Radiohead. 
Artur acelerou rumo a Bernardo Sayão.
Artur parou rente as paneladas.
Artur colocou a primeira marcha
E saiu rumo a marcha fúnebre. 


Bem, ele acelerou como nunca acelerado
Ele pensava como nunca tinha pensado...
Artur tremia por inteiro, menos o coração. 
Artur chorava como nunca havia chorado.
Artur passou a 180 por cima do quebra molas.
Artur voou como uma pássaro
Um voou rasante rente a UPA
Como um pássaro em busca da sardinha.


Artur viu sua vida passando diante dos seus olhos, miopia. 
Bem, naquele momento ele nada sentia, inflamação. 
Seu sentimento ainda pulsava, diferente do seu coração.
Artur morreu em um choque com a parede 
A ultima parede da Bernardo Sayão.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Daniel's

Eu mergulhei, 
Mesmo sem saber nadar.
Eu desapareci,
Dentro do escuro rio de Daniel's. 

Eu afundei, 
Como uma fria pedra de gelo. 
E desmanchei assim como o mel,
O mel de Daniel's. 

Eu morri,
Como todo homem deseja morrer.
E sempre que ela beber do Daniel's
Ela bebera de mim.
Sim, eu morri.

Eu

Esse sou eu,
Uma especie de fogo dentro do gelo. 
Os rais de sol atras da tempestade.
O contraste do preto com as estrelas no céu. 

Esse sou eu,
Caminhando sozinho a meia noite. 
Com passos curtos sem ter onde chegar.
Em busca de um tesouro chamado amor. 

As vezes eu não sou eu,
Como em um teatro de palhaços.
Com um sorriso a maquiar minha alma,
Alma borrada por tantas lagrimas

Esse sou eu,
O homem triste do balcão,
Que trocou seus sonhos por algumas doses.
Algumas doses de felicidade.

Uma criança

Eu sou uma pobre criança, 
Escondida pelos arbustos da alma. 
Perdida por sentimentos sóbrios, 
Esquecida em meio a forte tempestade. 

Eu sou uma criança, 
Que chora sem ter lagrimas. 
Corre sem ter pernas, 
Apenas uma criança triste na floresta. 

Me sinto só,
Como um adulto acompanhado,
Por sentimentos abandonados e queimados
Na minha triste floresta.

Tudo bem,
A tempestade vem ai.
Vai apagar todas as chamas
E inundar meu coração...

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Prisão perpetua.


Foi um crime te amar,
Agora cá estou eu, preso no seu coração.
De sentença certa: "Morrer de amor".
Então por favor, trate-me bem.
Sinta o meu porvir, cuide de mim.
Seu detento mais revoltado,
Acorrentado ao seu coração.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

O Remedinho

Mamãe, mamãezinha, traga meu remédio.
Eu preciso, não quero chá, me traga o remedinho...
Só ele pra me acalmar, não tente me convencer... 

Mamãezinha, eu estou tão triste.
Me ajude por favor, me traz meu remedinho. 
Quero dormir o dia todo, quero apagar esse Sol. 
Me deixe dormir, só me acorde na hora do jantar. 

Quero comer, algo bem gostoso 
Algo feito pela senhora, quentinho na hora.
Ai depois volto a dormir, me deixe aqui.

Mamãe, não quero falar com ninguém
A senhora pode vir as vezes,
Só pra saber se estou bem,
Mamãe, eu sempre estarei...

O remédio mamãe, o remedinho.
Não vou viciar mamãe, eu prometo.
Apague a luz e feche a porta.
Obrigado mamãe.
Só a senhora se importa.

Perdidos e achados.

Perdido pelos desertos sentimentais.
Com as tempestade de tristezas a me atingir os olhos. 
Olhos que nada vêem alem do acaso. 
E eu estou tão cansado de mim. 

Perdido pelo mar de lagrimas,
A procura de um sentimento firme. 
E mesmo que você não acredite,
Os ventos da paixão me empurram 
Sempre na sua direção.