segunda-feira, 23 de julho de 2012

A ultima parede da Bernardo Sayão.

Artur passou a noite na bebedeira,
Apenas a observar os ratos correndo atrás das ratoeiras. Suicídio ocupacional.

Artur ficou de olho no movimento transcendental,
quase mongol ou mesmo mobral, do queijo a esfregar no chão. 



Artur bebia Jack Daniel's e fumava Luck Strike, desses da bolinha.
Ele gostava de fumar a metade normal e o resto mentolada. 
Artur bebida, fumava e olhava de lado os jovens rapazes,
Dançando, dançando e dançando. 
Ele não sabia dançar... 


Com um súbito de stress alcoólico, Artur se retirou do recinto.
Tomou duas doses de absinto e adentrou no seu carro. 
Ligou o som e o colocou no máximo. 
A música era "Nude" da banda Radiohead. 
Artur acelerou rumo a Bernardo Sayão.
Artur parou rente as paneladas.
Artur colocou a primeira marcha
E saiu rumo a marcha fúnebre. 


Bem, ele acelerou como nunca acelerado
Ele pensava como nunca tinha pensado...
Artur tremia por inteiro, menos o coração. 
Artur chorava como nunca havia chorado.
Artur passou a 180 por cima do quebra molas.
Artur voou como uma pássaro
Um voou rasante rente a UPA
Como um pássaro em busca da sardinha.


Artur viu sua vida passando diante dos seus olhos, miopia. 
Bem, naquele momento ele nada sentia, inflamação. 
Seu sentimento ainda pulsava, diferente do seu coração.
Artur morreu em um choque com a parede 
A ultima parede da Bernardo Sayão.

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