sábado, 29 de setembro de 2012

Um dia perfeito para a dor perfeita.

Abro os olhos e o Sol me da "bom dia".
Levanto da cama bem lentamente para não quebrar os ossos.
Meus pés tocam o chão frio e me sinto morto. 
Abro a porta e meu café esta pronto,
Pão ideal, danone ideal e um cartão de "bom dia"
Um dia perfeito para a dor perfeita.

Abro meu armário e lá estou eu
Escolhendo uma boa fantasia de humano
Pronto, só me resta bagunçar os cabelos. 

Abro a porta da rua e me fecho por dentro
Observo as pessoas caminhando como robôs.
Robôs a procura de seus parafusos.
Eu só quero perder mais alguns.

Chego no trabalho e não se importam se me atraso.
Apenas não ousem repetir a dose de "bom dia".
Sento na minha cadeira e redijo essas palavras no papel.
Papel que sera reciclado e transformado em papel higiênico.
Fico feliz por essas palavras futuramente tocarem o lugar certo.

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